Nota importante

"Nota importante: estas informações provavelmente não são para você a não ser que você assuma total responsabilidade por sua vida e criações" Adamus Saint-Germain

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nosso propósito maior

Tenho observado como os pontos de vistas e explicações que arrumamos para o que ocorre conosco são sempre centrados na gente, em nossa realização, em nosso caminho, naquilo que precisamos mudar ou no que nos atrapalha, mas dificilmente reconhecidos de uma maneira mais ampla como do ponto de vista do nosso papel na Criação, do propósito da família na Criação (não só na nossa vida) e de toda a sociedade.

É muito comum nas terapias enxergarmos a família e nossa educação como os principais responsáveis pelas limitações do nosso Eu-personagem, porém olhando para o assunto de uma maneira menos egocêntrica conseguimos compreender que assim como a gente, os que vieram antes de nós também estão lidando com suas próprias limitações que nada mais são do que nossas cotas de transmutação do inconsciente coletivo. Como seres de luz, estamos todos no mesmo time e temos a mesma tarefa que é transmutar as emoções mais densas e abrir caminho para a ancoragem de nossas partes mais elevadas, realizando assim o que viemos fazer na terceira dimensão, o auge do universo, os limites da expansão “separada de Deus”. Explicando de uma forma mais direta, encarnamos no umbral com o propósito de trazer a luz para cá, transformando esta realidade em um mundo de felicidade. Então cada emoçãozinha que nos atormenta, cada aspecto nosso que temos dificuldade de aceitar e amar estão sendo transmutados em luz e amor, para o bem de todos e expansão do universo “Unificado”. 

Em meio às nossas transmutações individuais e coletivas, é muito comum “entrarmos” na energia dos nossos pais, avós ou pessoas próximas, coisa que nos deixa muito incomodados. Nós distraidamente abrimos mão do nosso livre arbítrio, deixamos de escolher quem somos e permitimos que a onda nos leve sem amor próprio o suficiente para zelarmos por nós mesmos. Um simples deslize já nos tira o poder, esquecemos de nossa origem Divina e do que somos capazes, nos perdemos de nós mesmos e nos amarramos espiritual, mental e emocionalmente em alguma situação que não tem necessariamente a ver com o caminho que escolhemos para o cumprimento do nosso propósito. Por isso é comum culparmos nossos pais pelas dificuldades que enfrentamos. Isso ocorre pois para nosso entendimento da vida, nossa mente organizou tudo de forma temporal e linear fazendo-nos acreditar que a causa de algo está em outra coisa que ocorreu antes disso, por exemplo, a causa de alguma limitação atual nossa foi algo na maneira que fomos criados. Sendo assim, estamos constantemente procurando justificativas em nossa história para explicar alguma possível falha atual.

Observando isso de uma maneira mais abrangente, todos estamos seguindo uma programação onde cada um em seu tempo lida com certas emoções que nossos pais, avós e outros antepassados já lidaram antes, cada um de acordo com sua escolha de caminho, com sua capacidade de ancorar luz e de abrir o coração para um entendimento mais amplo dessas questões. A causa então para nossas limitações inconscientes são antigas programações individuais, de família ou mesmo coletivas, escolhas dos caminhos de vida por onde realizar nosso propósito maior, por onde expandiremos nossa consciência ancorando cada vez mais luz. Uma vez que estas limitações são expostas e tornam-se conscientes, suas causas tornam-se simples escolhas.

Então em nossa busca por um propósito, por "fazer algo de nossa vida", vamos nos deparando com todas as dificuldades necessárias para que nossa sombra seja exposta à luz e assim transmutada em amor, reconhecida e sacralizada. Por este ponto de vista não temos problema nenhum, tudo o que ocorre nesta dimensão faz parte do roteiro que nós mesmos criamos antes de entrarmos na experiência terrena. Não temos que ser bem sucedidos em nada, apenas estar aqui já é um sucesso. Não há nada errado conosco, não temos limitações nem precisamos ser melhores do que somos para sermos felizes. É assim que os Mestres nos veem.

Nosso único erro então é ignorar que a felicidade ou realização é algo produzido internamente, não vem de fora. Colocamos condicionais para nossa felicidade, vinculamos o direito de ser feliz à posse de algo externo a nós. Acreditamos que precisamos ser de determinada maneira para conseguir conquistar alguma condição externa que nos trará segurança, plenitude e realização. O foco fora da gente é tão grande que desconectamos nossa consciência da nossa própria alma, causando assim uma enorme sensação de falta de propósito. É um exagero, um desperdício de energia tudo o que batalhamos para ser alguém ou conquistar coisas que em essência não têm valor nenhum.

De qualquer forma, traz um grande alivio saber que não importa o que estamos vivendo, sempre estamos fazendo a nossa parte. Sempre estamos vivendo alguma situação que levanta emoções guardadas, não importa se estamos conscientes ou mesmo se o inconsciente ainda nos domina, o simples fato de senti-las já é nosso propósito maior sendo realizado.

Isso é ascensão ou iluminação, “trazer luz”. Todos estamos aqui fazendo a mesma coisa, cada um no seu ritmo e nos caminhos de sua preferência, cada um individualmente e todos coletivamente vivenciando o inconsciente de forma a nos iluminarmos. Estar no caminho da iluminação significa que estamos aprendendo a assumir amorosamente nossos dons e potenciais sem as rebeldias do passado, de maneira natural e não conflitante com nosso papel na Criação.

Sendo assim, enquanto nosso propósito maior então é nos iluminarmos, nosso propósito como indivíduos é sermos nós mesmos. Quanto mais alinhado com nosso propósito maior estivermos, menos as antigas programações próprias ou externas nos controlarão e mais nós mesmos seremos. Este é o sentido da vida perdido, a conexão com nossa alma que buscamos: estarmos conscientes de nossa essência e vivermos a partir dela, em liberdade e união com tudo o que há.

Namastê!

Rodrigo Durante
www.rodrigodurante.com.br