Na maior parte do tempo, utilizamos nossa mente como um grande simulador. Através da nossa imaginação, aprendemos a funcionar rotulando coisas e pessoas, relacionando imagens com sentimentos, experimentando e buscando novas experiências.
Quando imaginamos determinada situação, baseada em nosso banco de memórias, nossa mente dispara sentimentos que associou às experiências que temos da vida. Nosso sistema endócrino e nervoso então se encarregam de transmitir estas sensações ao corpo e assim acreditamos que esta simulação imaginária é real.
É assim que, erroneamente, associamos coisas com sensações e sonhamos com um futuro que nunca chega.
Como nossas questões emocionais ainda são as mesmas, mesmo que tecnologicamente estejamos mais avançados, os problemas que nossa civilização enfrenta hoje são os mesmos que temos enfrentado já há muitos milênios.
Insatisfações com nós mesmos, com os outros e com a vida, buscas por realização pessoal que nunca chegam ao fim, raivas e acusações que se acumulam e determinam nossa maneira de pensar, sentir e agir.
Muitos de nós buscam na espiritualidade uma solução para todas estas questões. Porém, acostumados a funcionar dentro das nossas simulações mentais, nos iludimos também quanto ao papel da espiritualidade em nossas vidas.
Espiritualidade diz respeito simplesmente à percepção do real em relação a nós mesmos, a vida e o mundo, enquanto a vida focada na realização material é uma criação mental imaginária. Assim, erra, continua sofrendo e preso aos seus antigos padrões quem acredita que a espiritualidade é uma ferramenta para sua realização material.
Por exemplo, enquanto materialmente acreditamos que autoestima é ser bonito(a) e cuidar da aparência, espiritualmente autoestima é se aceitar e se amar do jeito que você é. Enquanto materialmente acreditamos que precisamos de dinheiro para sermos ricos e termos uma vida boa, espiritualmente rico é aquele que reconhece a abundância que já está presente na vida que tem. Enquanto materialmente acreditamos que precisamos de muitas coisas e situações diferentes para sermos felizes, espiritualmente somos felizes simplesmente porque escolhemos ser, sem depender de circunstância alguma para isso.
Sendo seres espirituais tendo uma experiência material temporária, engana-se quem pensa que irá resolver sua vida apenas pelos padrões da matéria. Pela sucessão de buscas e insatisfações que cada um já passou, está mais do que provado que a felicidade e realização não estão fora de nós, mas unicamente na maneira que percebemos a nós mesmos e a vida.
Em Paz,
Rodrigo Durante.
A vida é interna.
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