Nota importante

"Nota importante: estas informações provavelmente não são para você a não ser que você assuma total responsabilidade por sua vida e criações" Adamus Saint-Germain

sábado, 10 de maio de 2025

O que fazer?

Tanto na minha vida pessoal quanto na das pessoas que atendo, percebo que existem muitos momentos em que ficamos sem saber o que fazer. Isto não é sobre como aproveitar melhor nosso tempo livre ou sobre qual solução adotar para alguma questão em especial, mas sobre o que fazer quando não temos nada para fazer.

Se estamos alinhados com o nosso coração, isto é, com o nosso propósito mais elevado, com os nossos talentos e aptidões, nós simplesmente permitimos que nossa criatividade flua através das nossas ações. Se não estamos alinhados, porém, é comum perseguirmos metas e objetivos de vida por algum propósito distorcido, acreditando que isso nos fará feliz.

Na vida existe um fluxo contínuo de situações que chegam até nós. Assim, se não nos guiarmos por nossas aversões, sempre teremos algo para fazer. Em qualquer atividade que estivermos atuando, sempre poderemos deixar o nosso amor e criatividade fluírem. É somente a rejeição, as emoções e pensamentos negativos que disparamos que nos trarão sofrimento e nos farão acreditar que estamos na atividade ou lugar errados.

Neste caso, existem duas maneiras de lidarmos com isso. Uma é continuar evitando aquilo que não gostamos e sempre buscar algo que nos sentimos mais atraídos ou com vontade de fazer. Esta opção, no entanto, não resolve nossas questões interiores que continuarão ativas em nosso inconsciente, sempre influenciando as nossas escolhas. Isso faz com que criemos cada vez mais barreiras, dependências e necessidades especiais para a nossa realização, que fica cada vez mais restrita.

A outra maneira é sempre que sentirmos algum tipo de aversão a alguma atividade ou situação, observarmos este sentimento mais de perto e lidarmos com ele da melhor maneira possível. Esta aversão se manifestará como um medo, uma insegurança, uma raiva, uma tristeza ou frustração. Sentindo isso, escolhemos evitar determinada atividade ou situação quando a questão na verdade não está na atividade em si, mas em percepções e crenças distorcidas dentro de nós.

Isso não quer dizer que temos que fazer o que não gostamos ou o que sentimos que não será bom para nós, mas que é importante buscarmos o melhor alinhamento interior para não deixarmos nossas feridas emocionais e percepções distorcidas guiarem a nossa vida, pois isso certamente nos deixará cada vez mais infelizes e insatisfeitos.

Com os movimentos naturais da vida sendo tão abundantes, não ter nada para fazer significa que criamos muitas barreiras e exigências para o nosso bem-estar e satisfação. Com tantos caminhos bloqueados por nossas aversões, criamos um deserto em nossa realidade onde as poucas opções prazerosas que nos restaram estão muito longe de nós.

Existem momentos que, entre todas as opções disponíveis, escolhemos não fazer nada. São momentos importantes que reservamos para o silêncio, para permitir que algum equilíbrio interior aconteça sem a nossa própria interferência ou a do mundo exterior. Não parar de trabalhar ou de nos entreter não nos permitindo ter estes momentos, significa ou uma autocobrança muito forte para estarmos sempre produzindo ou uma aversão ao contato com nosso próprio mundo interior.

Nossos impulsos e inclinações, preferências e aversões sempre surgirão de alguma estrutura que criamos em nosso mundo interior. Com atenção plena podemos perceber a origem disso tudo, se vêm da pura expressão da nossa criatividade e aptidões ou das percepções distorcidas e questões mal resolvidas que evitamos lidar. A chave para uma vida plena está nesta percepção e em fazer a escolha certa a cada momento.

Em Paz,
Rodrigo Durante.


A atenção plena ao nosso mundo interior nos permite sermos mais plenos.

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