Quando buscamos alguma transformação interior, é comum procurarmos nos sentir bem em todos os assuntos ou ocasiões onde nos sentimos mal, sentir paz ao invés de raiva, alegria ao invés de tristeza, abundância ao invés de escassez e assim por diante.
Este comportamento, no entanto, pode ser um desrespeito a nós mesmos, uma exigência de mudar um efeito sem trabalhar em suas causas.
Nossos sentimentos e emoções são definidos por crenças. Quando vivenciamos alguma situação, seja ela real ou imaginária, tal evento é instantaneamente julgado de acordo com o que acreditamos, dessa maneira disparando um sentimento ou emoção como resposta. Tal sensação nos faz reagir positiva ou negativamente de acordo com o teor do que sentimos.
Assim, ao tentar mudar um sentimento interior sem trabalhar nas crenças e posicionamentos que o geraram, estamos indo contra nós mesmos e criando contradições internas que acabarão por gerar mais dificuldades e sofrimentos.
Para mudar efetivamente algum posicionamento interior que temos, é preciso saber que o equilíbrio ou alinhamento que buscamos está acima da polaridade, ou seja, acima da luta entre bem e mal, entre o que consideramos certo e errado, entre as emoções e sentimentos que se opõem. Para tanto, o equilíbrio deve estar também acima do nível das crenças, no ser.
Enquanto aquilo que buscamos estiver em alguma extremidade dos opostos, então estaremos sempre oscilando entre um extremo e outro. Mas se compreendemos que tanto aquilo que estamos sentindo agora quanto a necessidade de sentir algo específico são apenas criações mentais, podemos facilmente nos libertar desta necessidade e deixar toda esta turbulência ir. Por trás destas oscilações já está a paz e o equilíbrio que ansiamos. É o que verdadeiramente somos, o espaço onde tudo acontece.
Para ter mais clareza sobre este mecanismo, imaginem como exemplo uma insatisfação muito grande. Em oposição a isso, buscaremos uma grande satisfação naquele tema. Dessa maneira, no entanto, nos prendemos em uma realidade polarizada, onde as oscilações e sofrimentos são constantes. Se estamos atentos, porém, ao sentir a insatisfação podemos trazer nossa consciência de volta a um ponto de equilíbrio em nós, simplesmente não alimentando mais os pensamentos nesta frequência e deixando estes sentimentos cumprirem seu papel, até que se por si mesmos se dissolvam. Assim, logo o tumulto passa e estamos novamente fluindo no ser.
Lidando com as situações desta forma, não há gasto de energia, não há mais lutas, conquistas ou condições para estarmos bem. Com esta consciência, aos poucos as polaridades vão se equilibrando em nós, nossa segurança e equilíbrio aumentam e temos mais clareza para escolher melhor os caminhos que queremos trilhar.
Em Paz,
Rodrigo Durante.
O autoconhecimento e a atenção plena ao nosso mundo interior nos eleva a um estado de observador a partir de onde podemos verdadeiramente escolher.
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