Nota importante

"Nota importante: estas informações provavelmente não são para você a não ser que você assuma total responsabilidade por sua vida e criações" Adamus Saint-Germain

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Síndrome de Burnout

Segundo especialistas na área da saúde, "a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, cuja principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho." (https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/sindrome-de-burnout)

Já espiritualmente, a Síndrome de Burnout é causada pela insistência e tentativa prolongada de se conseguir atingir resultados ou concretizar objetivos por caminhos que não estão de acordo com nosso propósito ou potencial mais elevado para esta encarnação. Isto não significa necessariamente que estejamos na profissão errada ou algo do tipo, mas faz referência ao "como" lidamos com as situações, nossa postura interior, nosso equilíbrio psicológico e alinhamento vibracional com aquilo que pretendemos fazer ou almejamos conquistar.

Em nosso mundo interior, seja de maneira consciente ou inconsciente, cada um tem sua maneira de se relacionar com a vida, conciliando suas questões pessoais, vontades e objetivos com suas obrigações, com as necessidades do mundo material e os inúmeros desafios e situações que a vida nos traz. Existem pessoas que a vida parece ter presenteado com a "vida ganha", outros com o dom de lidar com tudo levemente, cheios de alegria e disposição, mas existem também aqueles que cada ação é feita com muito esforço, que não se sentem tão capazes, que não se permitem errar, que se cobram serem perfeitos, que tentam constantemente agradar aos outros e corresponder a expectativas, os que se comparam e se diminuem, os que estão sempre competindo com o outro, os que temem as perdas desequilibradamente enfim, muitos casos onde podemos estar sempre nos sujeitando a um nível de esforço e carregando muito mais responsabilidades do que precisamos ou somos capazes de aguentar.

No percurso até atingirmos o Burnout, são inúmeros os avisos que nosso corpo e espírito nos dão para demonstrar que não estamos no melhor caminho, que algo está em desequilíbrio, que não está sendo saudável ou não está fluindo bem. Porém, devido a crenças e programações que temos sobre como a vida funciona e o que temos de fazer, resolvemos não dar ouvidos, nos colocando em uma posição de não termos outra alternativa senão sucumbir às exigências da situação da única maneira que sabemos lidar.

Assim, forçando a vida a corresponder às nossas expectativas a ponto de nos obrigarmos a uma performance e disposição maior do que somos saudavelmente capazes de exercer, agravamos a distorção que fazemos da realidade multidimensional da experiência que estamos passando e da real necessidade do nosso esforço, esquecendo-nos de que física ou psicologicamente, a qualidade do serviço que entregamos depende muito mais da nossa postura e equilíbrio interior do que da quantidade de esforço que colocamos no nosso trabalho.

A energia negativa que julgamos tão contrária à realização dos nossos objetivos não é necessariamente ruim, ela pode ser apenas o aviso de que algo não está indo bem, como o nosso corpo ou espírito fazendo uma reclamação. Porém, negligenciando um aviso atrás do outro, além de atrairmos sofrimentos, reações emocionais indigestas e até doenças que poderiam ser evitadas, enfrentamos inúmeras dificuldades causadas pelo acúmulo desta energia emocional negativa estagnada, que não foi devidamente reconhecida, trabalhada e liberada.

Nossos desejos e projetos de vida são apenas imagens referenciais para emoções e estados de ser que gostaríamos de sentir ou experimentar, seja brevemente ou por toda a nossa vida, frequentemente escondendo a real história por trás daquilo, nosso aspecto de personalidade que está na carência de algo, em sua insegurança e incompletude, tentando evitar ou provar algo para si, buscando por sua satisfação no mundo exterior.

É preciso então algum trabalho interior para aprendermos sobre nós mesmos e equilibrar nossas prioridades, incluindo o autorrespeito em primeiro lugar. Em esgotar nossas forças tentando realizar algo não há mérito espiritual algum, mas apenas a prova comportamental de que estamos colocando nossa felicidade e realização em algo futuro, fora de nós mesmos e sem uma noção real de tudo o que está envolvido, mas baseando-nos apenas em uma interpretação emocional negativa e condicionada de nós mesmos, do outro, da vida e do mundo.

Além disso, uma vez que o esgotamento já aconteceu, é imprescindível cuidar das feridas deixadas como a sensação de fracasso, impotência perante os desafios da vida, as culpas, vergonhas, medos, inseguranças, reações como uma postura vitimista, agressividade, raivas e acusações que podem surgir. A alegria de viver que poderia sempre estar presente inclusive em nosso trabalho, geralmente é substituída por um senso exagerado de dever que acaba se estendendo para todas as áreas de nossa vida, tornando qualquer atividade um fardo, uma obrigação, onde as menores tarefas já nos causam um cansaço excessivo. Assim, vamos aos poucos eliminando de nossa rotina atividades que antes nos eram prazerosas alegando falta de tempo ou de energia, alimentando assim uma grande dificuldade em nos divertir. Pelo acúmulo de nossas escolhas e atitudes equivocadas e suas consequências em nosso equilíbrio interior, acabamos por nos sentir como se a vida simplesmente parasse de valer a pena.

É fato que no mercado de trabalho atual empresários, chefes e empregados ainda exigem-se ao limite, além do humanamente mais indicado. Aos poucos, no entanto, nossa sociedade vai mudando, na medida em que reconhecemos os efeitos colaterais de tais abusos na nossa própria vida, em nossa saúde, vida familiar e na nossa realização geral. Assim, através de nossos erros, que nossas metas e valores também vão mudando e o reconhecimento do que realmente importa na vida vai nos conduzindo a um maior equilíbrio com o que nos é mais natural individualmente, como sociedade e com o planeta.

Com estas mudanças perceberemos que nossa felicidade e realização nunca estiveram relacionadas ao fazer. O equilíbrio então não virá com um aumento da nossa capacidade física e psicológica de aguentar mais cargas, mas com o desenvolvimento das virtudes e alinhamento interior que nos permitirá atender às situações da vida em um perfeito fluxo, em total harmonia energética com a natureza, com nosso corpo, mente e espírito.

Portanto, reconhecer nossos limites como qualidades que nos direcionam e nos acolhermos exatamente como somos, sem exigências superlativas e irreais são um ato de amor com nós mesmos e com todos à nossa volta, transformando nosso mundo interior e toda a nossa vida!

Em Paz,
Rodrigo Durante.