A princípio pode parecer fácil, principalmente se estamos lendo isso em um bom momento quando nos sentimos em paz, dispostos, seguros e equilibrados. Porém, à menor oscilação emocional ou exigência que temos, esta pode parecer uma tarefa quase impossível. Digo isso pois nossa aceitação pouco depende de quem está lá para ser aceito, mas apenas da nossa postura interior em relação a nós mesmos, ao outro e ao mundo.
Se ainda temos inseguranças e necessidades de proteção emocional, se trazemos vazios e carências que buscamos preenchimento externamente, se ainda trazemos feridas do passado, nos sentimos vítimas de algo e projetamos nossas raivas no outro, certamente teremos exigências de como o outro e o mundo devem ser para estarmos bem, seguros e satisfeitos. Infelizmente, onde houver estas exigências, não haverá amor.
Para Aceitar Incondicionalmente não é preciso nada especial, nenhuma grande sabedoria ou evolução, pelo contrário, precisamos de muito menos do que acreditamos ser necessário: menos exigências, menos cobranças, menos modelos de perfeição, menos expectativas, menos dependências, menos medos, menos vergonhas, menos julgamentos e assim por diante. Despidos de tantas necessidades especiais, podemos reconhecer a simplicidade e pureza em nós mesmos, ficando mais fácil desta forma reconhecê-las no outro também.
Em nosso caminho evolutivo todos temos mentalidades, comportamentos e muitos desafios para transcender, portanto faz parte do ato de amar não dar importância para as diferenças, perdoar as falhas e não alimentar expectativas de como nós ou o outro deveríamos ser. Nossa trajetória rumo ao equilíbrio e alinhamento com o Ser é coordenada pelo Eu Superior de cada um, não há nada que temos que interferir, obrigar ou fazer alguém entender. Tudo ocorre no tempo de cada um.
Assim, para Amar o próximo precisamos apenas saber que há um Ser Divino ali, acolhendo-o da maneira que se apresenta a nós, sem necessidade de mudá-lo. As crenças, palavras e comportamentos que o outro traz consigo referem-se às suas escolhas, caminhos e experiências apenas, nós não precisamos nos preocupar com isso para aceitá-lo, tampouco acreditar que a opinião negativa alheia tem algo a nos dizer.
O mesmo ocorre com nós mesmos, se trazemos algo conosco que involuntariamente projetamos no outro, precisamos nos perdoar e compreender que tudo isso é fruto de antigas escolhas em desequilíbrio com o Divino em nós. Quando aceitamos a nós mesmos e ao outro sem nos impor condições, nos abrimos para um outro nível de relacionamentos e experiências em nossa realidade.
O Amor/Aceitação é a paz que buscamos, o fim das carências, dependências, conflitos e acusações. Ele está presente em todos nós, basta aceitá-Lo!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
O Amor está presente em cada um de nós, bastando nos entregarmos a Ele!
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