Nota importante

"Nota importante: estas informações provavelmente não são para você a não ser que você assuma total responsabilidade por sua vida e criações" Adamus Saint-Germain

domingo, 27 de agosto de 2023

Além das aparências

Como seres humanos vivendo em sociedade nós crescemos, nos educamos e estruturamos nossas mentalidades e comportamentos sempre buscando conciliar nossas inspirações pessoais ao contexto do meio em que vivemos, às expectativas e reações da sociedade quanto aos papéis que desempenhamos nela.

Ainda que alguém possa acreditar que não se importa com o que esperam dele ou dela, no fundo, em algum aspecto da nossa personalidade todos nos comportamos com base nas respostas que recebemos do universo procurando sempre, mesmo que inconscientemente, conseguir do meio aquilo que acreditamos ser melhor para nós.

Historicamente viemos de uma sociedade tribal que gradualmente se tornou rural e dirigida por uma nobreza. Embora houvessem muitos conflitos, havia ainda uma harmonia entre nós e a natureza, uma alegria e satisfação em apenas viver.

Com o desenvolvimento do nosso intelecto, fomos nos tornando mais e mais complexos em nossas necessidades e relações, precisando de cada vez mais artifícios para nos satisfazermos, nos preenchermos, nos sentirmos seguros, aceitos e correspondidos.

Na medida em que aumentava a nossa complexidade intelectual, aumentaram também os conflitos, egoísmo e exploração da natureza, dos animais e do ser humano também. Acumulamos muitos erros e arrependimentos em nossa trajetória encarnacional e um grande desconforto passou a predominar em nossos corações. Assim, desenvolvemos uma grande rejeição a nós mesmos e ao momento presente. Para aliviar nosso sofrimento, passamos então a perseguir modelos de perfeição e metas na vida, criando cada vez mais dependências e condições para nos sentirmos bem.

Na busca de convivermos melhor, criamos através das religiões uma necessidade de sermos todos iguais, de seguirmos regras de conduta e de pensarmos da mesma maneira. Mesmo que muitos não abrissem mão da sua independência e liberdade psicológica, em sociedade deveríamos nos mostrar obedientes e nobres aos olhos dos outros. Nossos valores então começaram a ser cada vez mais voltados ao externo que ao interno, às aparências, ao que os outros pensam e julgam, a atrair aliados, conquistar uma posição social e a evitar perseguições.

Esta sociedade baseada em aparências certamente se tornou insustentável, criando sua própria ruína. Podemos observar os conflitos que ainda existem na busca pelo poder, por dinheiro e por paixões, além do grande número de doenças e distúrbios espirituais e psicológicos que nos afligem. Violência, guerras, roubos, corrupção, depressão, pânico, culpas, vergonhas, baixa autoestima e pouca ou nenhuma autoconfiança. Tudo isso são questões internas que se originam e se estruturam em uma relação negativa com o externo.

Não há quem culpar, uma vez que todos somos criadores disso. Assim, é apenas quando reconhecemos nossos erros e impossibilidade de sermos felizes em determinadas mentalidades e comportamentos que nossa consciência pode nos trazer mais clareza e nos colocar no caminho do equilíbrio novamente.

Assim, são muitas camadas de pontos de vista, crenças, emoções, sentimentos confusos, histórias e justificativas que temos que abrir mão e superar para estarmos em paz com nós mesmos, livres da necessidade de aparências, exigências, buscas e conquistas externas para estarmos bem. Com amor e consciência, toda esta bagagem ancestral vai sendo dissolvida e cedendo lugar ao ser.

É uma característica da natureza se regenerar e buscar seu próprio equilíbrio. Como seres humanos e pertencentes à natureza deste planeta e universo, também nos regeneramos e automaticamente voltamos ao nosso equilíbrio. Este movimento natural do ser traz à nossa consciência todas as negatividades e desequilíbrios que criamos e vivemos, seja espiritualmente, psicologicamente ou materialmente. Cabe a cada um de nós reconhecê-los, parar de alimentá-los e transcendê-los.

Estar alinhado com quem verdadeiramente somos é estarmos livres de mentalidades e comportamentos baseados em reações à negatividades e sofrimentos como as buscas por preenchimento, segurança e satisfações externas. Uma vida baseada no ser demonstra e manifesta as nossas qualidades mais elevadas em nosso mundo interior e exterior também, em nossos sentimentos, aspirações e relações.

O bem-estar incondicional é o único preenchimento que precisamos e isso não é algo que precisamos conquistar. É a nossa condição natural de ser!

Em Paz,
Rodrigo Durante.


Não há nada a acrescentar, tudo já está aqui. É nos despindo da inconsciência que o ser se revela!


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