Mas dedique alguns instantes para refletir sobre este assunto. Você já viu uma pessoa verdadeiramente feliz? Uma criança, talvez? Consegue perceber a diferença entre um estado natural de ser e uma euforia momentânea que comemora algum acontecimento?
A Felicidade como um estado natural de ser assemelha-se a um bem-estar equilibrado e constante com uma grande abertura ao positivo, ao desfrutar de cada momento, à entrega, à aceitação da vida como ela é. Isso não significa que não tenhamos desafios, mas apenas que não criamos sofrimentos que não tem necessidade de existir.
Quando nosso intelecto começa a interferir neste equilíbrio, entram os medos, inseguranças, preocupações com a aparência, aceitação, dinheiro, saúde, relacionamentos, com a segurança, futuro e um grande impulso para determinar como as coisas devem ser para estarmos bem. A Felicidade então é diminuída e permitida apenas se tivermos bons motivos para merecê-la.
O caminho então para a Felicidade que já faz parte de nós não é o das conquistas exteriores, mas o do abrir mão das imposições e condições supérfluas que criamos para nós mesmos. A cada peso psicológico que deixamos de carregar, experimentamos um pouco mais de nós mesmos que estava encoberto por nossas exigências de como nós e as coisas deveriam ser. O alívio é grande.
Uma pessoa feliz não está preocupada se ela está onde gostaria de estar, pois ela aceita sua vida e momento.
Uma pessoa feliz não está preocupada com seu corpo, sua roupa, sua aparência ou o que os outros pensam dela, pois ela aceita a si do jeito que é.
Uma pessoa feliz não está preocupada se está sozinha ou acompanhada, pois ela cultiva uma relação positiva consigo mesma.
Uma pessoa feliz não está preocupada se algo está faltando na sua vida, pois já se sente plena e reconhece as inúmeras possibilidades positivas que cada momento está oferecendo.
Uma pessoa feliz não está preocupada com o futuro, pois sabe que sempre será feliz.
Assim, é fácil percebermos que em algum aspecto todos desistimos desta Felicidade há muito tempo.
Nosso trabalho então de volta ao equilíbrio natural é simplesmente desassociar a Felicidade da complexidade da vida moderna e trazê-la de volta ao simples, a incondicionalidade, ao agora. Para tanto, basta abrirmos mão daquilo que não somos, dos julgamentos, crenças, mentalidades, intransigências, dos artifícios que utilizamos ao longo da nossa jornada para estruturar a nossa visão de nós mesmos, da vida e do mundo.
Além disso, é importante estarmos atentos a todo momento em que entramos em reclamações e críticas quanto a vida, quanto ao nosso momento, o que temos agora para fazer. É um processo de substituir a rejeição pela aceitação, a indignação pelo amor, a insatisfação pelo contentamento, pois é como vivemos o momento presente que transformamos o nosso futuro!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Mais do que criarmos novos hábitos, é parando de alimentar os antigos que encontraremos tudo de bom que já está em nós!
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