Nota importante

"Nota importante: estas informações provavelmente não são para você a não ser que você assuma total responsabilidade por sua vida e criações" Adamus Saint-Germain

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Desvirtualizando

Com o avanço das tecnologias no planeta, as mudanças chegam rapidamente ao nosso modo de vida. Lembro-me da minha infância e começo da adolescência sem celular. Éramos muito ativos, brincar com os amigos fortalecia a nossa saúde. Os relacionamentos exigiam a presença física da pessoa, olhávamos os outros nos olhos, resolvíamos nossas questões conversando. Marcávamos compromissos com antecedência e tínhamos a cultura de não desmarcar.

Haviam cartas, telegramas, telefone fixo e no máximo uma secretária eletrônica de fita para deixar recados. Todos focavam em seus afazeres, esperando o momento adequado para falar com o outro. Usávamos esta tecnologias para transmitir recados importantes, combinar eventos, dar os parabéns pelo aniversário. Empresas usavam telefone e fax para suas vendas e encomendas, e tudo tinha um tempo hábil para se resolver.

Hoje podemos fazer muito mais do que isso. A troca de informações ficou muito mais rápida, o comércio atende mais clientes, o gerenciamento da produção ficou mais eficiente. Muitas coisas boas vieram com estes avanços, mas fomos pegos desprevenidos quanto ao tamanho da influência das nossas negatividades pessoais sobre as tecnologias que estão à nossa disposição. Por exemplo, pais e mães podem agora saber onde os filhos estão a qualquer momento, o que pode aumentar sua ansiedade e preocupação quando acaba a bateria do celular. Nesta situação, trocamos a confiança e a fé pelo Whatsapp.

Nós criamos soluções, mas criamos também dependências. Assim como tudo na vida, é bom encontrarmos o equilíbrio. O bem viver ou mal viver depende de como usamos aquilo que está disponível para nós. Neste sentido, existe algo interessante para prestarmos atenção: nossa vida tem se tornado cada vez mais virtual. Isto é, não só nosso trabalho, mas também nosso lazer está se digitalizando. Lazer virtual, no entanto, não melhora a saúde. Relacionamento virtual não nos expõe tanto aos desafios que nos fazem crescer.

Ao mesmo tempo, máquinas e robôs aos poucos vão substituindo o homem nos trabalhos manuais, tornando os produtos mais baratos e aumentando a escala de produção. Com, isso, toda a sociedade pode caminhar para um estilo de vida mais leve e com mais tempo livre para si. Para isso, porém, é preciso que estejamos alinhados com o melhor de nós para que este caminho de luz se manifeste. Se não estivermos bem, utilizaremos nossos recursos negativamente, nos perpetuando em nossas limitações pessoais até que algo pior aconteça.

Se não estamos atentos, utilizamos nossos aparelhinhos e mídias sociais para ocupar a nossa cabeça evitando entrar em contato com nossas insatisfações e questões interiores que precisamos resolver. Com isso, a tecnologia que antes utilizávamos passa então a nos consumir e assim desperdiçamos parte da nossa vida com inutilidades que nada nos acrescentam, não trazem nenhum benefício a nós. No final do dia, percebemos que vivemos muito mal e que nossos sofrimentos continuam lá. Nossas dores se acumulam e insatisfações aumentam.

Com este hábito insalubre que construímos, nossa mente é superalimentada e estimulada a estar sempre produzindo reações em nosso corpo. É como qualquer vício, enquanto não estamos produzindo certo efeito sentimos tédio, ansiedade e logo nossas insatisfações e sofrimentos começam a se revelar. A compulsão então aparece para estimularmos nossa mente novamente e não entrarmos em contato com nosso mundo interior.

É importante então compreender que há um tempo certo para trabalhar, para aprender e para o lazer, mas que se extrapolamos este tempo, se deixamos de viver saudavelmente ou se permitimos que nossas emoções e sentimentos negativos alimentem as nossas ações, estaremos utilizando nossas tecnologias da pior maneira possível. Precisamos estar conscientes de todas as possibilidades daquilo que participa da nossa vida. Se fazemos bom ou mal uso de algo, é escolha e responsabilidade de cada um.

Nestes casos, uma boa sugestão para nossos finais de semana é baixar o ritmo das nossas atividades mentais, nos desconectarmos do virtual, escolhermos atividades do mundo físico e prestarmos bastante atenção em como reagimos sem as nossas fugas digitais. Com consciência e compaixão podemos lidar muito bem com qualquer ansiedade e sofrimento que possam aparecer. Assim estaremos direcionando a nossa vida e tecnologias sempre para o melhor!

Em Paz,
Rodrigo Durante.


No mundo físico ou virtual, a consciência e equilíbrio sempre devem estar presentes!

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