De maneira muito simples, podemos compreender egoísmo como o ato ou postura daquele que pensa somente em si não se importando com mais ninguém, enquanto altruísmo é o ato ou postura daquele que se coloca a disposição dos outros com o único intuito de fazer o bem.
O egoísmo nasce da necessidade de cuidarmos de nós mesmos, porém pode se tornar prejudicial se permitirmos que nossos medos, vazios e sofrimentos tomem conta dele. Todos precisam cuidar de si, estabelecer limites, cuidar das suas questões materiais e espirituais. Sendo assim, podemos definir o egoísmo saudável como um "autocuidado".
Com este intuito o egoísmo não é negativo, mas se nossas feridas e sofrimentos tomam conta, a importância que damos ao nosso ego ganha proporções prejudiciais e passamos a viver a nossa vida apenas buscando nos satisfazer, chegando até ao extremo de vermos o outro apenas como um acessório para chegarmos onde pretendemos chegar.
Ao contrário do egoísmo, o altruísmo vem de um nível de consciência mais elevado onde o amor prevalece. Neste nível não temos questões pessoais a resolver, limites a impor ou vazios a preencher. Nossa energia criativa e realizadora é colocada a serviço do universo levando luz e as mais elevadas qualidades Divinas para quem precisa, mesmo que o assunto ou o foco da ajuda não seja esse.
Em nossos momentos de altruísmo nos alinhamos com o Divino em nós, trazendo-o para os níveis mais densos da nossa personalidade e proporcionando assim a cura dos nossos desequilíbrios e questões causadas pela falta de amor.
Vindo da mais pura negatividade e sofrimento, o egoísmo nunca nos trará a abundância, conforto e bem estar como imaginamos, mas apenas mais carências, medos e egoísmo, contribuindo para os mais variados desequilíbrios em toda a humanidade. Por trás do egoísmo há sempre questões de escassez, privação, perdas e abusos, onde tivemos repetidamente nossos limites e direitos violados. Assim, nos mantendo egoístas estaremos também alimentando em nós e nos outros as feridas que o originaram.
Curar o egoísmo e nos abrirmos para o amor muitas vezes requer olharmos corajosamente para nossos sofrimentos mais profundos para resolvermos estas questões. Por isso é de grande ajuda saber que não temos nada a temer, pois mesmo sem o egoísmo ainda seremos nós mesmos e teremos nossos limites respeitados, podemos ter nossas preferências e realizar nossas aspirações pessoais desfrutando de uma vida plena e satisfatória, porém em total equilíbrio com nós mesmos, com o outro e com tudo o que há.
Em amor cuidamos de nós mesmos e não nos permitimos sermos manipulados por nossas próprias feridas e reações. Conscientes e preenchidos de amor não nos sentimos ou nos comportamos mais como vazios insaciáveis que precisam ser constantemente preenchidos, mas nos abrimos para participar do fluxo natural da vida oferecendo o melhor de nós, transbordando e compartilhando de tudo o que é bom!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
O egoísmo é uma reação pessoal às nossas feridas causadas pela falta de amor, enquanto o altruísmo é estarmos abertos para que o amor mais elevado flua através de nós. Enquanto não curarmos estas feridas, sempre poderemos nos sentir invadidos, desrespeitados ou que estamos perdendo algo, não conseguindo nos abrir completamente.
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